terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os mistérios da acupuntura na rotina de uma 'ilustre'

Hoje, em uma das minhas sessões semanais de acupuntura, senti um choque e um peso muito intensamente dolorido no pulso direito, assim que ele colocou a agulha. Senti a dor e ele colocou a minha mão recostada na perna, para aliviar um pouco o tempo que ficaria ali, daquele jeito. Apagou as luzes e pediu que eu descansasse, procedimento padrão.
No entanto, não foi nada padrão o comportamento do meu pulso direito nesta sessão em particular. A baixa da pressão arterial e o sono relaxante que as sessões de acupuntura proporcionam me transportaram pra um mundo diferente. Tentei me concentrar na respiração, relaxar, chochilar um pouco (quem saberia?). Não consegui. Comecei a pensar na vida, nas atitudes dos últimos dias, nas pessoas que vinha encontrando pelo caminho, e claro, no quanto meu pulso com a agulha estava dolorido e pesado. Ao final da sessão, quando o acupunturista abriu a porta, me perguntou se eu tinha relaxado, não resisti e perguntei qual ponto estava sendo tratado no pulso direito, tão dolorido e pesado, que em nenhuma das outras sessões tinha ficado afetado assim. Eu deveria saber o que ele me respondeu: o ponto tratado, tão doído, era um dos pontos de tratamento da ansiedade (a minha doença crônica, a doença do mundo globalizado).
Após algumas indicações, saí do consultório e mergulhei em uma bela viagem de olhos abertos. Comprei um cigarro e segui pelas ruas, observando as luzes da cidade, indiferente aos "perigos" que qualquer outro ser humano pudesse oferecer a minha "ilustre" figura, sentindo o vento, pensando na vida.
Dizem que plutão saiu de sagitário no ano de 2008/2009, mas tantas reflexões me fazem pensar o contrário. O mistério ainda está intrínsecamente ligado aos meus dias, rotina, sentimentos (principalmente). A auto-sabotagem é sombra e a vulnerabilidade perante o mundo anda ao lado. Acho que de todos nós, não?

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