quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O telefonema

Alguns dias atrás, havia uma moça distraída no ponto de ônibus, esperando a hora fatal de entrar naquele veículo grande, cheio de pessoas desconhecidas e encarar a viagem até a terrinha (natal). De repente, o telefone dela tocou. O número não era reconhecido.

_Alô? _ disse a garota. Silêncio depois. Nada de resposta. Tentou de novo:

_Alô?_ silêncio de novo. Impacientou-se e então falou:

_Alô? Tem alguém na linha afinal?_ e depois de alguns segundos, veio a resposta:

_Oi Carolina, é o Tiago. Tudo bem?

Tiago, Tiago. Poderia ser qualquer outro Tiago, mas aquela voz e aquele nome, ah, era o mesmo Tiago. Aquele Tiago. Era Ele. Tiago, o Ex. O cara que fez ela quase importar cianeto depois que terminaram. De quem ela descobriu gostar mesmo depois de ter sido traída com não sei quantas garotinhas e a quem traiu com no máximo dois caras patetas e sem graça por carência e desespero. E de quem ela não tinha notícias há, no mínimo, três anos. Puxa vida. Que frio na barriga!

_Carolina, está aí?

_Ah, oi, Tiago. Tudo bem e você?

_Tudo... Está sumida. O que anda fazendo?

_Eu que o diga. Da última vez que ouvi falar de você, soube que estava em Bagdá, casado e procurando poços de petróleo.

_Ah. Hum. Bom, estive lá muito pouco tempo e não estive casado, não.

Ela se segurou. Segurou mais um pouco. Respirou fundo. Contou até dez. Mas não resistiu:

_E agora, está?

_O quê?

_Casado, oras.

_Ah não, não. Foi um caso de faculdade, você sabe, coisas passageiras. E você, casou-se?

_Não. Você sabe, as coisas estão complicadas para nós mulheres. Preferia que minhas avós não tivessem queimado os sutiãs.

Eles riram juntos.

_Pois é. _disse ela.

_É._ele respondeu.

Ela não tomaria a atitude. Não. Jamais. Foi ele quem ligou primeiro. Pra ela ele havia morrido há tempos. Ele que dissesse alguma coisa. Não, não. Já bastava as garotinhas. Até que o silêncio é rompido:

_Olha, Carol, você ainda mora em Formiga?

Ufa, pensou a moça. Ainda bem que ele disse alguma coisa.

_ Não. Moro em Lavras, mas estou a caminho de Formiga. _ apressou-se em dizer.

_Estou em Arcos e me lembrei de você. Queria conversar, tomar alguma coisa. Você não aceitaria?

_Sim, claro. Chego às 7.

_Então te ligo de novo às 9, pode ser?

_Combinado. Até lá._ ela não mandaria beijo ou abraço no final. Esperaria que ele dissesse, oras.

_Um abraço, Carol. Até lá.

_Abraço...

E desligaram.

Quem diria, Carol, Carolina. O Tiago. Namoradinho de colegial, hoje às 9.

E assim foi mesmo.

Ninguém acreditaria, porém, se lhes dissessem que aquela ligação foi acidental. Nem eu acreditaria. Nada explica um ex-definitivo de três anos atrás ainda ter seu número na agenda.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Existem coisas que não servem para nós. Lutar por elas só atrapalha a caminhada que nos conduzirá ao encontro do que, realmente, poderemos chamar de felicidade. Este parece ser um destes momentos. Existem coisas que a personalidade acredita fundamentais para uma vida feliz, mas a Alma sabe que não possuem nenhum valor. A fome olha para um pequeno pedaço de pão como um grande banquete. Muitas vezes a vida nos tira, ou não nos dá, certas coisas para que possamos nos fortalecer e, enfim, poder receber o que de grande nos está destinado. Paz e felicidade.

Certas coisas chegam ao fim para que um ciclo se feche e possamos obter a força necessária para, celeremente, caminhar em direção ao destino feliz que nos aguarda

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eles vão parar quando me virem de novo?

Será que eles nos odiarão pelas escolhas que fizemos?

Será que eles vão parar quando me virem de novo?

Eu não consigo mais parar, agora que descobri quem sou eu...
La

Larara

Larara

Aonde quer que eu vá...

...Levo você no olhar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sabe, entre o retorno de saturno e o seu, eu realmente vou buscar uma resposta que acalme o meu coração.

Mas não é só do SEU retorno que eu falo não. É do retorno de tudo aquilo que eu venho tentando expulsar, eliminar, mandar embora: os quilos a mais, as idéias mesquinhas, a tristeza, o desânimo, a acomodação, a falta de determinação e disciplina.

Não precisa ser de novo, assim, tudo igual. Tudo que está acontecendo é novo, mas o lugar ainda é velho. A cidade é a mesma, a casa também. O quarto continua a mesma bagunça, os amigos variam um pouco, e a cabeça, bom, essa ainda anda na bagunça também. Só que quer mudar, jura ela, sempre que o tempo fica crítico e ela vai contra a parede.

Acho que tenho medo. Ou falta coragem. Será que dá no mesmo? Não sei. É tudo muito confuso.
Existem coisas que me impressionam, fico abismada quando penso que existem coisas que se não tivessem sido devidamente calculadas saíriam muito erradas mesmo. Dariam prejuízo (prejuízo capitalista, prejuízo emocional). Exemplo? Bom, observe aqueles grandes caminhões que as pessoas chamam de escânias (sei lá como se escreve). Certo. Observe que elas são altas, e a maçaneta da porta vem sempre mais baixa, mais perto da escada do que da janela de vidro. Isso acontece porque os motoristas não alcançariam se a maçaneta fosse perto da janela, eles não são tão grandes assim e teriam que subir na escada (desconforto terrível) pra alcançá-la. Então, uma pessoa extremamente observadora, compreensiva (e devidamente paga para desenvolver tais máquinas) posicionou as maçanetas mais abaixo, pra salvação dos condutores de Carteira Nacional de Habilitação da categoria E (ou D, não sei ao certo). Vejam, que genial! Se esse detalhe não tivesse sido notado, as escânias teriam que ter as portas refeitas por causa disso, causando um tremendo gasto por parte da empresa e etc etc etc. Antes de desenvolver esse raciocínio, pensei na primeira frase do assunto:
"Existem coisas que me impressionam, fico abismada quando penso que existem coisas que se não tivessem sido devidamente calculadas saíriam muito erradas mesmo." Agora, pense comigo: se as coisas forem exatamente calculadas não vai excluir a possibilidade de que elas saírem erradas nas primeiras vezes e só a partir daí consertadas e realizadas da forma mais satisfatória.

E agora? Que confusão.

Chego a pensar, que a primeira idade dos fatos é a marca do aprendizado a longo prazo. É a partir das primeiras experiências - sempre - que o ser humano cresce. É errando mesmo, não adianta. Disso, infelizmente não dá pra fugir.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quem está realmente interessado em encontrar sua Alma Gêmea sabe que as almas gêmeas existem porque foram, num determinado momento, divididas para que pudessem evoluir. Evolução! Você tem se empenhado em evoluir?!? Você sabe o que significa evoluir no sentido anímico?
É uma evolução que acontece independentemente do dinheiro que temos ou daquele que gastamos, da posição social na qual estamos inseridos, do cargo que ocupamos no emprego, enfim, independe de qualquer status. A evolução da alma pode acontecer no local mais pobre e sem recursos que você já tenha visto, porque o que mais temos visto nesse mundo de desigualdades sociais são almas miseráveis rodeadas de luxo e almas muitíssimo evoluídas vivendo na pobreza, sem grandes acúmulos materiais.
Os bens materiais podem (eu disse PODEM) ser facilitadores para a evolução, mas até para isso, é preciso que ante, haja nobreza na alma de quem ganha esse dinheiro. Caso contrário, ele só servirá para tornar essa pessoa materialista, fria, egoísta e perdida em si mesma. Porque o dinheiro pode destruir a alma daqueles que nunca foram capazes de olhar para dentro de si, para aqueles que não desenvolveram sua espiritualidade e terminaram acreditando que tudo o que realmente importa está fora, está nas coisas, nas posses e nos valores que acumularam ao longo de suas vidas.
Por outro lado, existem muitas almas que conseguem evoluir ainda mais rapidamente justamente porque enxergam a dor e a tristeza que há na pobreza e nas injustiças como um caminho para o enriquecimento interior.

Leo Buscaglia, em seu livro Vivendo, Amando e Aprendendo (o que eu mais gosto), escreveu: "Primeiro as pessoas. Depois as coisas."
Vemos tanta gente se importando antes com as coisas e depois com as pessoas, não é? Vemos tantos casais jurando que se amam e, depois de algum tempo, praticamente se engolindo por causa das coisas que juntaram, numa
briga insana pela divisão de bens...
o caminho é pessoal. Cada um tem seu jeito próprio de enxergar as situações, interpretá-las e usá-las - ou não - em prol de si mesmo. O que pode comover você, talvez não comova a mim, e vice-versa. Mas a verdade é que evolução não se trata de magia ou sorte ou destino, nem sequer de opção religiosa ou conhecimentos teóricos. Talvez esses sejam detalhes que atuem a favor da evolução, mas não determinantes.
Jesus Cristo é um ótimo exemplo para esta verdade. Um Mestre que viveu toda a sua vida num vilarejo, rodeado de humildade e trabalho. Nunca cursou uma universidade, nunca se distanciou da cidade onde nasceu, nunca escreveu um livro e nunca se apossou de nada que não fosse a sua própria fé. E nunca, em nenhum tempo da história, um homem influenciou tão poderosamente a vida da humanidade. Depois de mais de 2 mil anos de sua passagem pela Terra, todo o planeta está, de uma forma ou de outra, tocado por esta vida singular...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Na aula de Teorias e Técnicas de Jornalismo do dia 11/08/2010, a Profª Aida trouxe a filha dela, Gabi, no finalzinho... Gente, é aí que eu me encontro: criança é tudo...
Quero muito um dia ter a oportunidade de ter uma bebê assim...
É lindo demais!
Nos faz pensar que Deus realmente está presente no mundo...
L-I-N-D-O!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

REMASTER

segunda-feira, 10 de maio de 2010
Um obséquio para o não-feito
Sinto falta daquilo que perdi. É um sentimento estranho, dolorido, imprevisível, desejador. Deseja presença, carinhos que ficaram sem se dar, abraços que ficaram por abraçar e palavras que não foram ditas. Tudo isso quer acontecer, aparecer, se solidificar à medida das horas passantes. A casa é inóspita. Seus cômodos se perdem, e o quarto, alcova do corpo e travesseiro da alma, se torna ninho de lembranças pálidas, às vezes fragrantes; todas despertadoras daquela vontade funda, íntima, que sempre surge quando tudo está perdido: a saudade.
Sinto saudades de onde nunca fui e, aí então, desejo ir. Esse tipo de saudade faz querer ir até onde o pensamento me levar, aonde o corpo não consegue chegar. Ver pessoas que nunca vi, encontrar olhares que nunca olhei, senti. Mergulhar em sorrisos que nunca me sorriram ou, se sorriram, ficaram perdidos no correr dos dias, rostos, corpos. Sorrisos claros como os céus claros de dias de chuva fina.
Desejo possuir sorrisos como aquele outro, incomparável em beleza, graça, de contrastante leveza, leveza profunda. Os traços são sóbrios, as palavras ditas após perspicazes reflexões, aparentemente. As atitudes imprevisíveis: a persona é mais profunda do que se pode pensar. É ícone e objeto ao mesmo tempo. É desejo, almejo, cobiça, alheio.
Os galos cantam, o tempo voa. A natureza rege o ritmo que deve ser seguido.
As pálpebras caem, o rosto enruguece.
As mãos se mancham, e, até os seios das mulheres-meninas, das meninas-mulheres, caem (um dia).
Tudo é fugidio. Passageiro. Inexpressivo. Nevoento: qual o sentido?
Penso que deve ser por isso que todos sentimos saudades do que perdemos. Porém, a pior das faltas é a daquilo que nunca tivemos, apesar de sentir - não pensar, sentir - aquele invisível que nos salta aos olhos, mesmo que seja somente aos nossos.
A vontade, saudade, o desejo por aquilo que não chegamos a tocar, dos abraços e beijos que não pudemos trocar, das conversas que não tivemos a oportunidade de travar por horas a fio, sentindo o cheiro da noite e segurando as mãos, ah, essa é a pior de todas. É a que mais dói, machuca e marca pela dúvida, pela ruminança, pelo desejar. Não vale a pena sentir, mas se torna masoquismo. Senti-la doer, enraizar-se dentro de nós, é estar mais perto daquilo que se quer. É portanto, um obséquio para aquilo que não se chegou a fazer e não se tem a certeza de que fará.
Ainda não consegui descobrir porque me sinto ansiosa. A essência da ansiedade mesmo, sabe.
Eu acho que me sinto ansiosa porque tenho uma imensa capacidade de criar um mundo paralelo, de viajar no pensamento e viver isso constantemente no meu dia-a-dia. Eu moro no mundo da lua mesmo. Ou melhor, no mundo de Vênus, porque as minhas viagens mentais sempre me favorecem no campo emocional. Essas viagens saciam (em partes), consolam, iludem. Sempre dá errado e aí eu entro em um processo auto-destrutivo de tristeza, angústia, baixa auto-estima, ou seja, um colapso gerado pela ansiedade de querer tudo o que eu quero, e não conseguir. É. Acho que pode ser isso. Houve uma vez que nem no teste vocacional eu respondi sinceramente, nao porque menti deliberadamente, mas sim porque o meu mundo se situa em uma constante ilusão, em mentiras constantes.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Planeta sonho...

Voltar aos anos que eu não vivi, aos anos em que eu não existia... Ouvir 14 Bis!

Ah, sinto a noite e a sua beleza de mistério insondável!

Os mistérios da acupuntura na rotina de uma 'ilustre'

Hoje, em uma das minhas sessões semanais de acupuntura, senti um choque e um peso muito intensamente dolorido no pulso direito, assim que ele colocou a agulha. Senti a dor e ele colocou a minha mão recostada na perna, para aliviar um pouco o tempo que ficaria ali, daquele jeito. Apagou as luzes e pediu que eu descansasse, procedimento padrão.
No entanto, não foi nada padrão o comportamento do meu pulso direito nesta sessão em particular. A baixa da pressão arterial e o sono relaxante que as sessões de acupuntura proporcionam me transportaram pra um mundo diferente. Tentei me concentrar na respiração, relaxar, chochilar um pouco (quem saberia?). Não consegui. Comecei a pensar na vida, nas atitudes dos últimos dias, nas pessoas que vinha encontrando pelo caminho, e claro, no quanto meu pulso com a agulha estava dolorido e pesado. Ao final da sessão, quando o acupunturista abriu a porta, me perguntou se eu tinha relaxado, não resisti e perguntei qual ponto estava sendo tratado no pulso direito, tão dolorido e pesado, que em nenhuma das outras sessões tinha ficado afetado assim. Eu deveria saber o que ele me respondeu: o ponto tratado, tão doído, era um dos pontos de tratamento da ansiedade (a minha doença crônica, a doença do mundo globalizado).
Após algumas indicações, saí do consultório e mergulhei em uma bela viagem de olhos abertos. Comprei um cigarro e segui pelas ruas, observando as luzes da cidade, indiferente aos "perigos" que qualquer outro ser humano pudesse oferecer a minha "ilustre" figura, sentindo o vento, pensando na vida.
Dizem que plutão saiu de sagitário no ano de 2008/2009, mas tantas reflexões me fazem pensar o contrário. O mistério ainda está intrínsecamente ligado aos meus dias, rotina, sentimentos (principalmente). A auto-sabotagem é sombra e a vulnerabilidade perante o mundo anda ao lado. Acho que de todos nós, não?


"Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam, não...
E essa abstinência uma hora vai passar!"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Constantemente vivo num mundo de incertezas, confusão.São pensamentos demais, e que, desorganizados demais constumam me levar da tranquilidade a tristeza em segundos.
O padrão atual de beleza é uma coisa que me deixa muito oprimida. Achei um texto muito bacana no site Personare e vou compartilhar um trecho dele aqui:

"(...)Não há resposta pronta que ninguém possa lhe dar. Então faça seu caminho:comece a refletir sobre a própria experiência, busque ajuda para descobrir as respostas que estão dentro de você. Busque meios que facilitem a mudança dos padrões que fazem mal, para deixar que a vida que existe em você possa fluir ese renovar. Não deixe para depois! Alimente o que lhe faz bem, agora mesmo!"

A quem servir, leiam!
Abraços

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Texto de Rúbia Dantés

A nossa Alma pede uma coisa e a nossa razão cheia de padrões pede outra... e nessa luta nos perdemos aos poucos a cada vez que não ouvimos a Alma...

Sei que muitos pensam que não têm escolha diante de ter que trabalhar para sobreviver... mas eu acredito... que a escolha maior se fazer é entre dois caminhos... o de Ser ou não ser fiel à Alma.

Ao escolhermos o primeiro, isso não quer dizer que não iremos passar por desafios, só que sabemos que esses desafios são para algo que buscamos... são desafios que superamos para encontrar e assumir o nosso lugar na Teia e cada passo nesse caminho alegra a Alma e é um encontro... essa escolha conta com todo o apoio do Universo, que de uma forma ou de outra sempre nos empurra para ela...
E os desafios passam a ser recebidos como oportunidades de ampliar mais um pouco a consciência...

Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o quantas vezes julgar necessário. Então, faça apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, ele não tem a menor importância".
Para mim só existe percorrer os caminhos que tenham coração, qualquer caminho que tenha coração. Ali viajo, e o único desafio que vale é atravessá-lo em toda a sua extensão. E por ali viajo olhando, olhando, arquejante.
Carlos Castaneda


Não é porque fomos colocados em um mundo no qual a maior parte das pessoas vai em uma direção, que somos também obrigados a seguir por ali, especialmente se essa direção leva a humanidade onde a está levando atualmente.
Seria bom escolher nossos caminhos como guerreiros da Luz.... sempre questionando por que razão temos que ir por esse ou aquele caminho que nos indicam.
Por que temos que ser dessa ou daquela maneira?
Quem criou essas regras que muitas vezes seguimos sem nem saber porquê?
Muitas vezes, seguir sem questionar, nos afasta da nossa natureza divina... e nos deixa cada vez mais a mercê da vontade de outros...


É muito mais fácil controlar seguidores do que pessoas que buscam traçar seus caminhos guiados pelo coração.

É impossível considerar o homem cortado de sua profundidade de origem divina. Como aceitar que a condição humana não corresponda à sua vocação essencial? Privado do divino o homem fica mutilado.

Marie-Madeleine Davy

sábado, 22 de maio de 2010

Confusão total de sentimentos, orientações, entendimentos, verdades.

"E nessa loucura de dizer que eu não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências, mas pra quê viver fingindo se eu não posso enganar meu coração? Eu SEI que te amo... (...)E ainda você pensa muito em mim..."


Odeio esse sentimento de incerteza.
Queria ser diferente, juro.

Mas sinceramente, não sei por onde começar, de novo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010



RIVERA, Diego. Fruits of Labor (Frutos do Labor).

Essa litografia de Diego Maria Rivera, nascido na cidade de Guanajuato, estado de Guanajuato, México, mexe processualmente com a minha percepção. Não sei explicar se é com a percepção sensorial somente, obviamente que não. Os frutos do labor me transportam para uma realidade dura, sofrida, suada, dolorida, silenciosa. Uma realidade que acontece em todas as partes do mundo, e na minha pequena cidade não é diferente. É de partir e inflamar o coração, ao mesmo tempo. São muitas, muitas, muitas as coisas que eu não consigo compreender, nem alcançar o sentido.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um obséquio para o não-feito

Sinto falta daquilo que perdi. É um sentimento estranho, dolorido, imprevisível, desejador. Deseja presença, carinhos que ficaram sem se dar, abraços que ficaram por abraçar e palavras que não foram ditas. Tudo isso quer acontecer, aparecer, se solidificar à medida das horas passantes. A casa é inóspita. Seus cômodos se perdem, e o quarto, alcova do corpo e travesseiro da alma, se torna ninho de lembranças pálidas, às vezes fragrantes; todas despertadoras daquela vontade funda, íntima, que sempre surge quando tudo está perdido: a saudade.
Sinto saudades de onde nunca fui e, aí então, desejo ir. Esse tipo de saudade faz querer ir até onde o pensamento me levar, aonde o corpo não consegue chegar. Ver pessoas que nunca vi, encontrar olhares que nunca olhei, senti. Mergulhar em sorrisos que nunca me sorriram ou, se sorriram, ficaram perdidos no correr dos dias, rostos, corpos. Sorrisos claros como os céus claros de dias de chuva fina.
Desejo possuir sorrisos como aquele outro, incomparável em beleza, graça, de contrastante leveza, leveza profunda. Os traços são sóbrios, as palavras ditas após perspicazes reflexões, aparentemente. As atitudes imprevisíveis: a persona é mais profunda do que se pode pensar. É ícone e objeto ao mesmo tempo. É desejo, almejo, cobiça, alheio.
Os galos cantam, o tempo voa. A natureza rege o ritmo que deve ser seguido.
As pálpebras caem, o rosto enruguece.
As mãos se mancham, e, até os seios das mulheres-meninas, das meninas-mulheres, caem (um dia).
Tudo é fugidio. Passageiro. Inexpressivo. Nevoento: qual o sentido?
Penso que deve ser por isso que todos sentimos saudades do que perdemos. Porém, a pior das faltas é a daquilo que nunca tivemos, apesar de sentir - não pensar, sentir - aquele invisível que nos salta aos olhos, mesmo que seja somente aos nossos.
A vontade, saudade, o desejo por aquilo que não chegamos a tocar, dos abraços e beijos que não pudemos trocar, das conversas que não tivemos a oportunidade de travar por horas a fio, sentindo o cheiro da noite e segurando as mãos, ah, essa é a pior de todas. É a que mais dóis, machuca e marca pela dúvida, pela ruminança, pelo desejar. Não vale a pena sentir, mas se torna masoquismo. Senti-la doer, enraizar-se dentro de nós, é estar mais perto daquilo que se quer. É portanto, um obséquio para aquilo que não se chegou a fazer e não se tem a certeza de que fará.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

remaster

Se um dia me perguntarem aonde quero chegar,
direi com certeza, que não sei ao menos para onde ir.
A incerteza tem sido minha companheira mais constante;
A melancolia, a colega mais volúvel;
O ânimo, o amigo mais distante, e,
o instinto, a base.


(Acredite, esse textinho foi criado por mim mesma, de verdade.)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tinha séculos que eu não ouvia Leoni.
Cara, bateu uma nostalgia danada com isso. Ouvir 'Por que não eu?' serve demais pra mim. Ou melhor, eu imagino que serve demais pra qualquer 'ser hipotético' que me olhe de uma forma, digamos, ''diferente''.
Hahaha.
Essa foi podre.
Mas tudo bem, se não existe nenhum 'ser hipotético', ela serve pra mim mesma, obrigada. A letra é bacana, a melodia envolvente e dá vontade de andar de carro, ''sair pra ver as luzes da cidade'', como diria Ana Carolina. É o máximo que se pode fazer numa situação de 'caçar paixões' ou viajar acordada, aliás.
Lindo Lindo Lindo.
O mundo é lindo. Pena que a beleza seja tão rara.
;)